sábado, 2 de abril de 2011

A senzala da casa dos contos



As paredes da senzala que hoje abriga um museu, são mudas testemunhas de um tempo onde a exploração do ser humano sobrepunha a liberdade de ação e expressão.
Passados 122 anos, não há escravos no recinto e sim objetos que nos remete ao ambiente hostil no qual viveu nossos antepassados. Naquele tempo a sede de justiça era grande, mas não era menor do a que sentimos hoje. Vivemos numa época onde todos são considerados livres para fazer suas escolhas, e no entanto nos sentimos reféns de máquina política que não se desenvolveu no mesmo ritmo revolucionário da chamada tecnologia de ponta.
Os homens que tanto buscaram o avanço dos meios de produção, fazem questão de manter estagnadas as mentes humanas, fazendo pouquisssimo ou quase nada para contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento intelectual e consequentemente político da sociedade.
Em pleno século XXI, presenciamos atitudes políticas que nos livros de história são usadas como exemplo de uma prática que não deu certo nos primeiros anos da República . Refiro-me a compra de votos, aos votos de cabresto e outros similares ou genéricos se for o caso.
Claro! Como a tecnologia está a serviço do poder, ninguém vai sair por aí trocando botinas e dentaduras por votos, ou mandando um jagunço atrás do eleitor na boca da urna. Há outras práticas modernas, mais eficientes e que abrangem um número muito maior de eleitores. As propangadas consumistas que usam a divulgação das estatísticas como forma de convencer os eleitores quanto a aceitação ou rejeição de determinados candidatos.
Como na leitura do analfabeto político o certo é votar com a maioria, podemos concluir que outras paredes daqui a mais um século continuaram mudas e cientes do estão vendo no tempo presente. Se para nós, brasileiros, a situação mudará, somente a história é que vai poder nos contar. Afinal, o testemunho das paredes não conta ...

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