terça-feira, 5 de abril de 2011

ESCLARECEMENTOS SOBRE ALGUMAS RELIGIÕES

O CRISTIANISMO

O cristianismo nasceu na Palestina onde vivia o povo judeu, dominado pelos romanos. no Antigo Testamento ( livro sagrado dos judeus) existem profecias que falam da vinda do Messias para salvar a humanidade. Para os judeus, esse Messias ainda não veio. Já para os cristãos, já veio como o "Filho de Deus": Jesus Cristo de Nazaré. Jesus, que era judeu de nascimento, pregava a harmonia e a paz entre todos os homens de boa vontade, ao mesmo tempo que era contrário a qualquer forma de escravidão. Depois que Cristo foi crucificado, os discípulos começaram a divulgar sua mensagem. Seus ensinamentos estão no Novo Testamento, a parte final da Bíblia, escrita pelos discípulos. No começo, o cristianismo foi adotado pelos pobres. Por isso, os cristãos foram tão perseguidos pelos romanos. Aos poucos, as classes altas adotaram essa religião. O imperador romano Constantino se converteu ao cristianismo em 331 e, mais tarde, em 391, o imperador Teodósio proibiu outras crenças. Assim, o cristianismo foi promovido a religião oficial do Império Romano. O bispo de Roma, o mais importante de todos, tornou-se papa.

O ISLAMISMO

No deserto da Arábia, no século VII d.C., surgiu o islamismo, uma das mais importantes religiões do mundo. Seu iniciador foi Mohammad (Maomé). Os muçulmanos ( adeptos do islamismo) dizem que " só há um deus, que é Allah, e Mohammad é seu profeta (mensageiro)". O livro sagrado muçulmano é o Alcorão, que revela influências do judaísmo e do cristianismo. A partir so século VIII, os árabes muçulmanos deram partida para a Djihad, a Guerra Santa, para espalhar o islamismo. Construíram um grande império, que englobava o Oriente Médio, o norte da África e um bom pedaço da Península Ibérica (Portugal e Espanha).

O JUDAÍSMO

O povo hebreu também chamado de israelita ou judeu, viviam na Palestina, onde hoje está Israel. eles acreditavam num único deus. o livro religioso hebreu é a primeira parte da Bíblia, o Antigo Testamento. Esse livro fala da criação do mundo, de Adão e Eva, e de vários heróis do povo judeu: Noé, Abraão, Davi, Sansão, Elias, Salomão e o principal, Moisés, que liderou a fuga dos judeus do Egito. Mais tarde, a Palestina foi dominada pelos romanos e então o povo judeu se dispersou pelo mundo, indo viver no Oriente Médio e na Europa. Eles ainda esperam a chegada do Messias.

O HINDUÍSMO

Surgiu na Índia, uma sociedade dividida em castas (grupos aos quais os indivíduos pertencem por nascimento) . As castas superiores são dos ricos e pregam  que o indivíduo deve se conformar em pertencer a uma casta inferior (era seu destino). Assim quando morresse, sua alma renasceria no corpo de um bebê de casta mais elevada.

O BUDISMO

Também nasceu na Índia. Os budistas acreditam que uma pessoa só alcança a paz suprema quando suprime completamente seus desejos.

Fonte: Adaptado de Schmidt, Mario. Nova História, 6a. série, páginas 13 a 17, ed. nova geração,2006

AS CRUZADAS

"Nós devemos libertar Jerusalém!" Papa Urbano II.

 Papa Urbano II 

 Jerusalém, cidade sagrada para três religiões de grande repercurssão no mundo atual: o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo. A convivência entre os seguidores dessas religiões foi bastante harmoniosa até os séculos XI e XIII, quando ocorreu o movimento chamado Cruzadas.
A igreja, apoiada na intensa religiosidade dos povos europeus, mobilizou os cristãos para a guerra santa contra os muçulmanos que habitavam a chamada Terra Santa, denominação dada aos lugares por onde Jesus Cristo havia passado e vivido.

Cavaleiro das cruzadas

MONGES COPISTAS


A Igreja medieval se dividia em clero secular, voltado para a administração da Igreja; e clero regular, que obedecia a rígidas regras de comportamento. Era composto por monges que habitavam os mosteiros e dedicavam suas vidas a orar e obedecer regras, como praticar a caridade, castidade e pobreza. O clero regular era responsável pela preservação e desenvolvimento cultural. Nesse grupo, destacaram-se os monges copistas, que tiveram grande importância na recuperação de obras da  Antiguidade Clássica e em sua preservação para o futuro. Conta-se que o trabalho dos monges dependia da paciente repetição de textos já escritos, não havendo muito espaço para a criatividade e invenção. As cópias tinham uma escrita apertada e muitas palavras eram abreviadas para economizar o pergaminho, muito caro na época.  

CONHEÇA ALGUNS MOSTEIROS

SAIBA COMO SÃO ALGUNS DOS MOSTEIROS EXISTENTES HOJE

Navengando pela internet, encontrei alguns sites interessantes para quem nunca visitou um mosteiro ter uma idéia de como são esses lugares. Conforme estamos estudando, eles surgiram ou pelo menos foram difundidos a partir da Idade Média, quando o poder e a riqueza da Igreja católica era imenso. Basta um clique no endereço digitado e você poderá ver e se informar.



http://www.mosteiromacaubas.blogspot.com/








FIQUE POR DENTRO: alimentação na idade média

 A alimentação já foi questão social

Na Europa medieval, a divisão de classes restringia até o tipo de comida. Aos camponeses, nada de carne: restavam apenas os produtos do solo, como vegetais e frutas.

Inspiração bárbara

Foram os povos germânicos invasores, chamados de bárbaros pelos europeus, que inspiraram os hábitos dos nobres à mesa. Eles introduziram o gosto pela caça, hábito que era desprezado pelos antigos romanos. Para evitar que as camadas mais pobres servissem em suas mesas alimentos como cervos e porcos selvagens, os ricos dominavam as florestas com seus exércitos particulares de caçadores. A classe mais privilegiada da sociedade medieval possuía costumes “selvagens”, como os de comer porções gigantescas de animais grelhados, temperados com especiarias e condimentos. Comer para eles não era apenas uma forma de saciar a fome – era também um jeito de mostrar sua superioridade.

Comer até cair

Não era só de carne que viviam os nobres medievais. Eles também apreciavam queijos e ovos. E sempre em excesso. Os banquetes da época são exemplos disso. Nas grandes festas, serviam-se cerca de 15 pratos diferentes: primeiro sopas e depois vários pratos de assados e grelhados. No meio disso tudo, quitutes. A aparência da comida importava mais que seu gosto. Por isso, os cozinheiros adoravam usar condimentos que tingissem seus pratos. Salsa, por exemplo, os deixava verdes. E tudo era motivo para uma orgia gastronômica: datas comemorativas cristãs, festas familiares, acordos políticos, alianças entre reinos, celebração da paz... Reunir à mesa era um ato de reafirmação da lealdade entre os nobres.

Pão e vinho para todos

Os mais pobres não contavam com carne de caça em suas mesas nem com uma grande variedade de pratos. Mas tinham uma alimentação bastante saudável: comiam legumes, verduras, frutas e peixes. Assim, apresentavam bom desenvolvimento corporal – tinham, em média, 1,73 metro de altura entre os séculos 5 e 10, quase tão altos quanto os europeus de hoje. De comum, camponeses (90% da população) e nobreza tinham o pão e o vinho, alimentos de consumo diário. Só que, claro, o pão dos nobres era feito de uma variedade melhor de grãos, assim como o vinho deles, para o qual eram reservadas as melhores uvas. Na região onde hoje é a Alemanha, o vinho tinha um rival: a cerveja, uma bebida densa e doce.


 Extraído de: Revista Aventuras na História
http://historia.abril.com.br/alimentacao/alimentacao-ja-foi-questao-social-435768.shtml

ALIMENTAÇÃO PORTUGUESA NA IDADE MÉDIA




De uma maneira geral, a alimentação medieval era pobre, se comparada com os padrões modernos. A quantidade supria, quantas vezes, a qualidade. A técnica culinária achava-se ainda numa fase rudimentar e as conquistas da cozinha romana tinham-se perdido.
As duas refeições principais do dia eram o jantar e a ceia. Jantava-se, nos fins do século XIV, entre as dez e as onze horas da manhã. Ceava-se pelas seis ou sete horas da tarde.
O jantar era a refeição mais forte do dia. O número de pratos servidos andava, em média, pelos três, sem contar sopas, acompanhamentos ou sobremesas. Para os menos ricos, o número de pratos ao jantar podia descer para dois ou até um. À ceia, baixava para dois a média das iguarias tomadas.
A base da alimentação era a carne. Ao lado das carnes de matadouro ou carnes gordas - vaca, porco, carneiro, cabrito - consumia-se largamente caça e criação.
A criação não variava muito da de hoje: galinhas, patos, gansos, pombos, faisões, pavões, rolas, coelhos. Não existia ainda o perú que só veio para a Europa depois do descobrimento da América..
Fabricavam-se também enchidos vários, como chouriços e linguiça.
A forma mais frequente de cozinhar a carne era assá-la no espeto (assado). Mas servia-se também carne cozida (cozido), carne picada (desfeito) e carne estufada (estufado).
O peixe situava-se também na base da alimentação , especialmente entre as classes menos abastadas, e durante os dias de jejum estipulados pela Igreja.
Um dos peixes mais consumidos pelos portugueses na Idade Média, parece ter sido a pescada (peixota). Sardinha, congros, sáveis, salmonetes e lampreias viam-se também com frequência nas mesas de todas as classe sociais. Também se comia carne de baleia e de toninha, bem como mariscos e crustáceos.
Ao lado do peixe fresco, a Idade Média fez grande uso de peixe seco salgado e defumado.
Não eram especialmente apreciadas as hortaliças e os legumes, pelo menos entre as classe superiores. O povo, esse fazia basto uso das couves, feijões e favas. As favas, assim como as ervilhas, as lentilhas, o grão de bico tinham igualmente significado como sucedânios ou complementos do pão. Os portugueses do interior, sobretudo beirões e transmontanos recorriam á castanha. Durante metade do ano comiam castanha em vez de pão.
Nas casas ricas , onde a culinária era requintada, as ervas de cheiro serviam de ingredientes indispensáveis à preparação das iguarias, como coentros, salsa e hortelã, ao lado de sumos de limão e de agraço, vinagre, de cebola e de pinhões. Cebola e azeite entravam para o tradicional refogado.
Para bem condimentar os alimentos, usavam os portugueses da Idade Média espécies várias de matérias gordas. O azeite, em primeiro lugar mas também a manteiga, o toucinho e a banha de porco ou de vaca.
O tempero básico era, naturalmente, o sal também usado para a conservação dos alimentos.
As chamadas viandas de leite estão sempre presentes, isto é, queijo, nata, manteiga e doces feitos à base de lacticínios. O leite consumia-se em muito fraca quantidade. Na sua maior parte transformava-se em queijo ou manteiga. Servia também como medicamento.
Ovos consumiam-se cozidos, escalfaldos e mexidos.
A fruta desempenhava papel de relevo nas dietas alimentares medievais. Conheciam-se praticamente todas as frutas que comemos hoje. Muitas eram autóctones, outras foram introduzidas pelos árabes. Apenas a laranja doce viria a ser trazida por Vasco da Gama. Certas frutas eram consideradas pouco saudáveis como as cerejas e os pêssegos por os julgarem "vianda húmida". Também o limão se desaconselhava por "muito frio e -agudo". Era uso comer fruta acompanhada de vinho, à laia de refesco ou como refeição ligeira, própria da noite. Da fruta fresca se passava à fruta seca e às conservas e doces de fruta. Fabricavam-se conservas e doces de cidra, pêssego, limão, pera, abóbara e marmelo. ªDe laranja se fazia a famosa flor de laranja, simultaneamente tempero e perfume.
O fabrico de bolos não se encontrava muito desenvolvido. Anteriormente ao século XV, o elevado preço do açúcar obrigava ao uso do mel como único adoçante ao alcance de todas as bolsas.
Havia excepções: fabricavam-se biscoitos de flor de laranja, pasteis de leite e pão de ló, juntamente com os chamados farteis, feitos à base de mel, farinha e especiarias. Com ovos também se produziam alguns doces: canudos e ovos de laçoa.
Contudo, só a partir do Renascimento se desenvolverá a afamada indústria doceira nacional.
Mas a base da alimentação medieval, quanto ao povo miúdo, residia nos cereais e no vinho. Farinha e pão, de trigo, milho ou centeio, e também cevada e aveia, ao lado do vinho, compunham os elementos fundamentais da nutrição medieva. E no campo havia sucedânios para o pão: a castanha ou a bolota, por exemplo.
O número de bebidas era extremamente limitado. Café. chá, chocolate, cerveja, desconheciam-se. À base do vinho e água se matava a sede ou se acompanhavam os alimentos. Bebia-se vinho não só ao natural mas também cozido e temperado com água.

Texto e imagem extraídos de:
http://ecosdotempo.blogs.sapo.pt/69661.html

sábado, 2 de abril de 2011

PROPAGANDAS DE SABÃO DO SÉCULO XIX

 


Aqui estão as imagens de propagandas com conotação racista que consegui encontrar na Internet. São de sites ingleses e franceses. Naquele tempo,  os anúncios eram feitos em revistas e, aqui no Brasil eram raros, devido ao atraso da imprensa. Observem com muita atenção e tire suas próprias conclusões.






 


  

CINQUENTA ANOS DOS FLINSTONES



Hereditários e modernos, os episódios dos Flinstones encantam a todos. Seja em desenho ou filme, a forma dinâmica e criativa de se contar histórias atuais utilizando-se de seres e elementos pré-históricos é genial.
Um dos poucos desenhos animados que facilmente pode ser assitido por avós, pais, filhos e netos sem o alarme do choque de gerações. O que é bom, permanece!

Origem dos mascotes dos times mineiros

 

Charge de Marcio Mata.

Fernando Pierucetti, criador do galo e da raposa como mascotes do futebol. Artista plástico, ele é um dos pioneiros do modernismo
Fauna brasileira inspirou a criação dos mascotes
Este é um artista cuja obra todo o Brasil conhece: Fernando Pierucetti (1910-2004). Veio dele, que adotava o pseudônimo de Mangabeira, a ideia de fazer do galo o símbolo do Atlético, e da raposa e do coelho, respectivamente, mascotes do Cruzeiro e do América
Os bichos surgiram da vontade de ensinar ao torcedor que é preciso haver cordialidade entre os clubes. Ironia e gozação, sim; ofensa não. Os mascotes foram lançados pelo Estado de Minas, em 1947, como personagens de tirinhas semanais, por sugestão de Álvares Silva, colega de redação.
A primeira leva trazia tigre (mascote do Sete de Setembro), tucano (Metalusina), leão (Villa Nova), tartaruga (Siderúrgica). Mais tarde entraram em campo o zebu (Uberaba), o tatu (Meridional), o jacaré (Democrata), o periquito (Bela Vista) e o urubu (Renascença). O zoológico chegou até outros personagens importantes do futebol: o rato, representando os juízes; a águia, a federação mineira; a coruja, o Tribunal Desportivo. Espírito de porco e jaburu simbolizavam as reações da torcida
O ícone do Atlético surgiu da associação das cores do clube (preto e branco) com o galo carijó, bicho que remetia à valentia e à garra.
O coelho, do América foi escolhido porque fazia alusão a um clube com muitos funcionários com o sobrenome Coelho.
A escolha da raposa cruzeirense remetia à astúcia e à malícia de Mário Grosso, presidente do clube na época. “Apareceu um jogador notável do interior. Enquanto o Atlético ficava no contrata, não contrata, ele saiu na frente e contratou o jogador".

 Extraído de O amigo do povão, Jornal O Momento on-line, dia 17/09/2o1o, Lagoa Santa.

Os cachorrinhos da Princesa Isabel

 

Princesa Isabel com Riachuelo no colo.
Segundo Rodrigo Elias, no artigo "Império animal" publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional, em setembro de 2010, a princesa Isabel tinha uma certa paixão pelos cães.
A comprovação pode ser feita através da leitura de várias cartas da princesa guardadas no arquivo do Museu imperial, em Petrópolis.
Farias cita a cadelinha Brilhantina, de pelo longo e branco, alvo de um desentendimento entre Isabel e sua irmã Leopoldina quando a mesma fez xixi no vestido da moça.
Riachuelo, um cãozinho batizado com o nome de uma das batalhas vencidas pelo Brasil na guerra contra o Paraguai. Era o xodó da princesa e foi fotografado em seu colo. Certa vez ficou doente, para animá-lo Isabel mandou buscar outros cãozinhos na vizinhança para com ele brincar.
Paissandu, outro com o nome de mais uma das batalhas vencidas na Guerra do Paraguai. E Farkas.
Dizem que a paixão por animais de estimação era hereditária. Seu bisavô, Dom João VI, quando veio para o Brasil, trouxe Patrício, um boi que recebia cuidados especiais tal como os melhores cavalos da realeza.

Brasil, o povo e a História.



" O povo que não conhece a sua história está condenado a repetí-la" - reflexão muito conhecida que, lamentavelmente, se aplica perfeitamente ao Brasil. todos os brasileiros t~em conhecimento, em maior ou menor grau, sobre fatos marcantes da história da humanidade, desde a antiguidade. Entretanto, nenhum cidadão brasileiro conhece significativa parcela da história contemporânea nacional dos últimos 60 anos. Isso porque pior que um país que não conhece a própria história é um país que a perdeu, e o Brasil é um infeliz exemplo dessas duas tragédias. O primeiro ensinamento que todo cidadão deveria obrigatoriamente aprender é que " a história é contada pelos vencedores". portanto, existem duas - a oficial e a verdadeira.
O Brasil sem história já está revivendo seus próprios erros e a sociedade inepta caminha 'as cegas na sua ignorância para decidir mais um pleito presidencial, incapaz de distinguir cidadãos de criminosos. Nossa verdade histórica é um livro de páginas arrancadas e os poucos ainda vivos que as conhecem e não se prostituíram na corrupção assistem a um Brasil sem passado, ao qual resta apenas vagar perdido sem identidade, ou se encontrar na mentira dos perdedores.

( Texto adaptado de SOARES, André. O Brasil sem história.In: Estado de Minas,12,/05/2010, caderno de economia, p.9.)

Nos bastidores da história do Brasil



Essa informação está publicada na Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 5, número 60, setembro de 2010.
Enquanto nos horrorizamos diante dos muitos casos absurdos de descaso com o patrimônio histórico , aparecem outros ainda piores

A era do rádio



O rádio foi introduzido no Brasil nos anos vinte e de maneira um tanto quanto improvisada. Desenvolveu-se rapidamente e ganhou a simpatia popular. Entre os anos  30 e 50 do século XX viveu seu momento de glória.Os aparelhos cada vez mais sofisticados eram motivo de orgulho para quem os podia comprar. Os demais, iam escutá-lo na casa de um vizinho ou parente. Havia programação para toda a família. Pragramas esportivos, musicais, radionovelas, humorísticos e os tão badalados concurso de calouros, que podiam ser acompanhados ao vivo, pois nas emissoras haviam até auditório.
Ter um rádio em casa era sinal de status social. Era poder manter-se informado sobre o que estava acontecendo na cidade e em outros lugares, era estar por dentro da moda, da política, das promoções e muito mais. Reunir-se diariamente em torno do rádio era um compromisso de família.
No rádio cantores e cantoras famosos foram revelados e viveram seus dias de majestade. Como a famosa Carmem Miranda , no cartaz acima, anunciando o quê? O rádio, porque gente fina tinha que comprar um aparelho dos modernos.
O tempo passou. Veio a TV e depois tantos outros modernos aparelhos com tecnologia de ponta, mas o lugar do rádio continua por aí. Ainda é um dos campeões de audiência e continua cativando seus ouvintes com uma programação objetiva, real e acima de tudo a gosto do freguês

A senzala da casa dos contos



As paredes da senzala que hoje abriga um museu, são mudas testemunhas de um tempo onde a exploração do ser humano sobrepunha a liberdade de ação e expressão.
Passados 122 anos, não há escravos no recinto e sim objetos que nos remete ao ambiente hostil no qual viveu nossos antepassados. Naquele tempo a sede de justiça era grande, mas não era menor do a que sentimos hoje. Vivemos numa época onde todos são considerados livres para fazer suas escolhas, e no entanto nos sentimos reféns de máquina política que não se desenvolveu no mesmo ritmo revolucionário da chamada tecnologia de ponta.
Os homens que tanto buscaram o avanço dos meios de produção, fazem questão de manter estagnadas as mentes humanas, fazendo pouquisssimo ou quase nada para contribuir de forma efetiva para o desenvolvimento intelectual e consequentemente político da sociedade.
Em pleno século XXI, presenciamos atitudes políticas que nos livros de história são usadas como exemplo de uma prática que não deu certo nos primeiros anos da República . Refiro-me a compra de votos, aos votos de cabresto e outros similares ou genéricos se for o caso.
Claro! Como a tecnologia está a serviço do poder, ninguém vai sair por aí trocando botinas e dentaduras por votos, ou mandando um jagunço atrás do eleitor na boca da urna. Há outras práticas modernas, mais eficientes e que abrangem um número muito maior de eleitores. As propangadas consumistas que usam a divulgação das estatísticas como forma de convencer os eleitores quanto a aceitação ou rejeição de determinados candidatos.
Como na leitura do analfabeto político o certo é votar com a maioria, podemos concluir que outras paredes daqui a mais um século continuaram mudas e cientes do estão vendo no tempo presente. Se para nós, brasileiros, a situação mudará, somente a história é que vai poder nos contar. Afinal, o testemunho das paredes não conta ...

A IGUARIA A QUE CHAMAM ANGU

Negras vendedoras de angu,  Debret, 1834 - 1839.
 

"SUCULENTA E GOSTOSA", diz Debret, a iguaria a que chamam angu compõe-se de diversos pedaços de carne aos quais se juntam banha de porco, azeite dendê, quiabos, folhas de nabo, pimentão, salsa, cebola, louro, salva e tomates. A isso mistura-se farinha de mandioca molhada. Essa comida, eminentemente popular, também se servia à mesa dos ricos. É de se observar, de resto, que os quitutes africanos muita influência tiveram na alimentação do brasileiro branco. Traziam os negros, de seu clima semelhante ao nosso, uma experiência milenar, uma capacidade bem mais rica que a dos índios de aproveitamento dos frutos da terra. Para o preparo do angu usavam as negras marmitas de ferro batido colocadas sobre fornos portáteis. conchas grandes e chatas e cacos de barro faziam as vezes de pratos para os fregueses. As vendedoras encontravam-se nas praças ou em suas quitandas. Com uma porção de quatro vinténs, recoberta por uma  folha de couve ou de mamona, e algumas bananas, tinha-se alimento para cinco ou seis pessoas. Em obediência à mesma técnica culinária faz-se hoje o angu com farinha de milho ou de arroz, para ser comido tanto com carnes como com peixe.
Fonte: Cadernos do Arquivo 1, Arquivo